Boa noite!
Para fechar essa terça-feira, trazemos a vocês a segunda resenha do blog, dessa vez abrangendo a área jornalística, especificamente na relação entre reportagem e texto literário (alguém aqui está prestando atenção às aulas da faculdade. Haha).
GÊNERO: Literatura Nacional - Comunicação / Jornalismo
ANO: 2003
Nº DE PÁGINAS: 352
EDITORA: Record
ISBN: 8501065269
EDIÇÃO: 1ª
SINOPSE: O jornalista Caco Barcellos investigou
durante 5 anos o esquadrão da morte que age na cidade de São Paulo. Ele mostra
como é o sistema de extermínio e seus métodos de atuação e como o sistema
incentiva esse tipo de ação por parte dos agentes da ROTA. ‘Rota 66: A História
da Polícia que Mata’ parte das origens da criação de um sistema mortal de
extermínio, demonstra seus métodos e desvenda sua consciência.
Rota 66 é uma denúncia
contra um grupo que é formado pela Polícia Militar de São Paulo, em que o seu
objetivo seria combater guerrilheiros, mas Caco Barcellos, em sua função de
jornalista, através desse livro, nos mostra que não é bem isso o que, de fato,
acontece.
Trata-se
de uma rota composta por um exército de matadores que, ao invés de prenderem,
matavam e espancavam até a morte. Logo após pegarem a vítima, levam-na para o
hospital com o intuito de prestar socorro, o que já era tarde demais, pois a
mesma já se encontrava morta.
Depois
de anos de muitas pesquisas e investigações, neste livro Barcellos apresenta
detalhes de violências e crimes acontecidos na capital paulista, pesquisando em
jornais noticias sobre a morte de jovens, cometidos por policias da Rota. Ele
conseguiu informações contidas no boletim de ocorrência, documentos do IML,
teve acesso a entrevistas no pátio do IML e ficha criminal.
O
livro é dividido em três partes: A primeira, conta a história de três jovens de
classe média alta de São Paulo, que foram vítimas da Rota, pelo fato dos
policias acharem que os mesmos tinham roubado o fusca em que andavam. A segunda
parte apresenta, em detalhes, de que forma as pessoas eram mortas e levadas
para o hospital, logo após o ato. Já a terceira parte revela que os policias
matam qualquer um, independente de ser inocente ou culpado.
Rota 66 é um ótimo
livro, pois o jornalista demonstra que nem tudo que a mídia nos apresenta é
verdade. Que não devemos acreditar em tudo que lemos ou ouvimos da grande
imprensa, quis defender o lado dos inocentes, sendo eles bandidos ou policias.
Com
essa leitura, você percebe também que a imprensa parece destinar maior valor quando
se trata de vítimas de classe média alta. Que a notícia é apresentado em vários
telejornais durante todo o dia, mas que nunca pararam para pensar em quantos
jovens pobres e inocentes morrem por dia por policias.
Claudiane Alves
Nenhum comentário
Postar um comentário